segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Mais emigrantes e menos nascimentos

Segundo uma noticia do Público, num só ano, mais de 120 mil portugueses deixaram o país, o que põe em causa o futuro de Portugal. ‘’A população portuguesa voltou a descer pelo terceiro ano seguido e o saldo migratório negativo foi um dos principais contributos para a quebra.’’
‘’Em resultado dos valores negativos do crescimento natural e do crescimento migratório, a população portuguesa voltou a diminuir, segundo as Estatísticas Demográficas de 2012 publicadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Se, por um lado, houve menos de 90 mil nascimentos, por outro houve cerca de 121 mil emigrantes temporários e permanentes.’’
‘’Confirmando as previsões e a tendência dos últimos anos, os nascimentos voltaram a descer, mas desta vez marcaram um recorde histórico ao ficar abaixo dos 90 mil (89.841). Foram menos 7,2% do que em 2011, quando se registaram 96.856 nascimentos, representando nessa altura uma quebra em relação ao ano anterior, ao descer abaixo dos 100 mil.’’
‘’Quanto ao número de óbitos, registaram-se 107.612 em 2012, um aumento de 4,6%. Conclui-se que o crescimento natural foi, portanto, negativo: houve mais 17.771 mortes do que nascimentos, uma diferença três vezes acima do que se tinha verificado em 2011.’’
Maria João Valente Rosa, demógrafa e diretora da Pordata explica que estes valores não são novidades, as diminuições dos nascimentos já vem de à muito tempo e o numero de óbitos devem se a haver mais gente com as idades com que mais se morre.
Para além do valor negativo do crescimento natural a diminuição do saldo migratório também é um problema.
A imigração diminuiu e a emigração aumentou (o que nos leva até aos anos 60 em que muitos portugueses saíram do pais).
Segundo os dados do INE, houve 121.418 pessoas a sair de Portugal em 2012.     ‘’Estão a sair mais pessoas do que as que nasceram”
‘’O aumento das saídas e a diminuição das entradas estão ligados à natalidade. 
Quem é que emigra? A população jovem. Não só perdemos os nossos jovens, como não temos os imigrantes jovens. Isso acentua o envelhecimento e a descida da natalidade.’’
‘’Quanto à diminuição da natalidade, há dois pontos a salientar: a acentuação do declínio da fecundidade e o adiamento da idade das mulheres no nascimento dos filhos. De acordo com a análise demográfica do INE, o decréscimo das taxas de fecundidade verificou-se em todos os grupos etários, com excepção do grupo entre os 45 e os 49 anos. O índice de fecundidade passou de 1.35 para 1.28 filhos por mulher.’’
“Atualmente, as mulheres são mães seis anos mais velhas do que eram no início dos anos 80.”  *29,5 anos, em 2012*
Para além disso a crise também leva a haver menos casamentos, e na maior parte dos casos isso significa não haver filhos.
‘’Face à população residente, a proporção de jovens passou de 14,9%, em 2011, para 14,8%, em 2012, e a população em idade activa de 66% para 65,8%. Já a proporção de idosos, com 65 ou mais anos, aumentou de 19% para 19,4%. Ou seja, o índice de envelhecimento passou de 128 idosos por cada 100 jovens (em 2011) para 131 idosos por 100 jovens (em 2012)’’

Notícia apresentada pelos alunos Liliana Silva e Rúben Oliveira do 10ºD, com base na notícia do Público de 29 de Outubro de 2013

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